Um dos exercícios mais difíceis é o do desapego, e com este, o desapegar-se do instante que passou, daquilo que chamamos "passado", o "ontem".
Nossa mente cobra-nos o tempo todo uma decisão, e saiba, que qualquer uma que tiver tomado, nunca será suficiente, ou seja, você nunca ficará satisfeito, tendo a impressão que poderia ter seguido outro caminho, ter feito de outra forma, outras escolhas.
Para ser feliz ou ficar em paz, bastaria viver o presente.
O que foi feito não retorna, o que aconteceu já foi e o que ocorreu não se apaga.
O amanhã você não sabe se existirá.
Não gaste energia à toa, pensando, remoendo, refazendo aquele caminho, o trajeto, que já fez!
Tranquilizar-se, separar-se da angústia de ter o tempo passado em suas mãos.
Se fizer o seguinte exercício sempre que estiver muito ansioso ou aflito: parar, respirar fundo (o ar vai até o abdome, devagar e você expira lentamente, algumas vezes) e prestar atenção ao que está ocorrendo com você no momento, apenas se concentrando; você percebe o presente, o momento, e se desapega do resultado e de pensar no que fez ou não fez (passado) ou mesmo o que fará daqui a cinco minutos (futuro).
Há grandes chances de viver intensamente o momento e se acalmar, ou pelo menos se entregar a uma nova emoção, e após vivê-la, você terá de brinde, um registro sincero do presente. Faça isto e observe! Sempre que se lembrar.
Fiz um curso de Massagem indiana, onde a Mestra querida (Veena Mukti - http://www.veenamukti.com/) de tempos em tempos tocava um sininho durante a nossa prática. Ao ouví-lo, deveríamos prestarmos atenção ao que estávamos vivendo, sentindo, pensando/fazendo.
É um bom exercício, ouvir um sininho interno quando a mente estiver divagando muito, voando, se apegando, te torturando...
Antes, quando percebia o pensamento afoito tomando conta de tudo, e não me deixando fazer algo por inteiro, inventava um "sininho" físico, fazia uma postura da árvore (Yoga), respirava fundo. Pronto, já tinha uma nova perspectiva da situação e parava aquela "conversa mental infinita".
Respire fundo e pense agora, ouça o "sininho" interno e viva o seu presente.
Leia o que pensa - Jean-Yves Leloup:
"e se estivermos realmente atentos, estaremos dentro de um instante. Só podemos estar atentos instante a instante. Mas se estivermos atentos a esse instante estaremos desapegados em relação ao instante anterior.
A atenção é a arte de viver no momento presente, e para isso é preciso estar livre do passado e do futuro. A arte da atenção é a arte de estar no presente.
O presente está ligado ao passado e ao futuro, mas ao mesmo tempo ele está desapegado em relação a eles. Isso me faz pensar em umas palavras de Buda que têm relação com uma das perguntas feitas há pouco. “Se você quiser conhecer sua vida anterior”, disse o Buda, “esteja atento para o que você é e faz hoje”. Aquilo que você é hoje é o resultado do que você foi. Se você quiser conhecer a sua vida futura, esteja atento para o que você é e faz hoje. Porque o que você é hoje constitui a origem do que virá mais tarde.
Há também as palavras de Cristo, “não olhe para trás e não se preocupe com o futuro, mas faça bem aquilo que você tem de fazer no momento presente”.
Nossa mente cobra-nos o tempo todo uma decisão, e saiba, que qualquer uma que tiver tomado, nunca será suficiente, ou seja, você nunca ficará satisfeito, tendo a impressão que poderia ter seguido outro caminho, ter feito de outra forma, outras escolhas.
Para ser feliz ou ficar em paz, bastaria viver o presente.
O que foi feito não retorna, o que aconteceu já foi e o que ocorreu não se apaga.
O amanhã você não sabe se existirá.
Não gaste energia à toa, pensando, remoendo, refazendo aquele caminho, o trajeto, que já fez!
Tranquilizar-se, separar-se da angústia de ter o tempo passado em suas mãos.
Se fizer o seguinte exercício sempre que estiver muito ansioso ou aflito: parar, respirar fundo (o ar vai até o abdome, devagar e você expira lentamente, algumas vezes) e prestar atenção ao que está ocorrendo com você no momento, apenas se concentrando; você percebe o presente, o momento, e se desapega do resultado e de pensar no que fez ou não fez (passado) ou mesmo o que fará daqui a cinco minutos (futuro).
Há grandes chances de viver intensamente o momento e se acalmar, ou pelo menos se entregar a uma nova emoção, e após vivê-la, você terá de brinde, um registro sincero do presente. Faça isto e observe! Sempre que se lembrar.
Fiz um curso de Massagem indiana, onde a Mestra querida (Veena Mukti - http://www.veenamukti.com/) de tempos em tempos tocava um sininho durante a nossa prática. Ao ouví-lo, deveríamos prestarmos atenção ao que estávamos vivendo, sentindo, pensando/fazendo.
É um bom exercício, ouvir um sininho interno quando a mente estiver divagando muito, voando, se apegando, te torturando...
Antes, quando percebia o pensamento afoito tomando conta de tudo, e não me deixando fazer algo por inteiro, inventava um "sininho" físico, fazia uma postura da árvore (Yoga), respirava fundo. Pronto, já tinha uma nova perspectiva da situação e parava aquela "conversa mental infinita".
Respire fundo e pense agora, ouça o "sininho" interno e viva o seu presente.
Leia o que pensa - Jean-Yves Leloup:
"e se estivermos realmente atentos, estaremos dentro de um instante. Só podemos estar atentos instante a instante. Mas se estivermos atentos a esse instante estaremos desapegados em relação ao instante anterior.
A atenção é a arte de viver no momento presente, e para isso é preciso estar livre do passado e do futuro. A arte da atenção é a arte de estar no presente.
O presente está ligado ao passado e ao futuro, mas ao mesmo tempo ele está desapegado em relação a eles. Isso me faz pensar em umas palavras de Buda que têm relação com uma das perguntas feitas há pouco. “Se você quiser conhecer sua vida anterior”, disse o Buda, “esteja atento para o que você é e faz hoje”. Aquilo que você é hoje é o resultado do que você foi. Se você quiser conhecer a sua vida futura, esteja atento para o que você é e faz hoje. Porque o que você é hoje constitui a origem do que virá mais tarde.
Há também as palavras de Cristo, “não olhe para trás e não se preocupe com o futuro, mas faça bem aquilo que você tem de fazer no momento presente”.
Esse texto de Carlos C. Aveline, que transcreve uma entrevista com Jean-Yves Leloup, foi publicado originalmente na revista “Planeta”, de São Paulo, edição de outubro de 2002.
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