sexta-feira, 24 de março de 2017

Um Lindo texto do Blog da Oshadi


Evolução Através da Crise: Saúde, Mente e Óleos Essenciais

BY OSHADHI


A razão da doença está no hospedeiro, não no “invasor”.


Quando alguém fala que “pegou um resfriado” nós podemos nos perguntar: onde está o real responsável disto? Será que somos apenas vítimas inocentes de uma doença?

Pensando mais a fundo, todos concordam que uma doença não é algo criado apenas por agentes externos. Acima de tudo é um processo ligado ao nosso mundo interior. O conselho dos antigos também nos diz isso: mente sã – corpo são… Por que, considerando os mesmos elementos que causam doenças, algumas pessoas ficam doentes e outras não?

Consideramos um organismo saudável quando há equilíbrio entre seus aspectos internos e externos; quando sua conexão “dentro-fora” está sintonizada. Muitas vezes um organismo doente perdeu essa conexão, dando origem à dissonância entre espírito, mente, corpo e ambiente.

De maneira mais radical, a principal razão de todo ataque da doença encontra-se em quem é atacado. A raiz da doença encontra-se no hospedeiro, não no germe. Louis Pasteur expressou essa mesma compreensão da seguinte maneira:

“O germe não é nada. O terreno é tudo”.

O Desafio da Transformação

Muito mais do que qualquer outra espécie na terra nós somos constantemente desafiados pela mudança. Podemos ver a doença como uma crise de evolução, onde são necessárias novas decisões em prol de nosso progresso. A doença é um sinal de aviso e também uma chance. Darmos a resposta certa é decisivo para nossa cura.

Rudolf Steiner expressa assim:


“A condição humana deve mover-se de equilíbrio em equilíbrio. A ruptura de um equilíbrio sempre custará alguma coisa. Algumas coisas diminuem, outras aumentam e desenvolvem além de qualquer medida. Fora do equilíbrio o indivíduo perde sua ligação com as forças universais.”

Ou o mundo exterior se impõe muito ou muito pouco. Infecções bacterianas são apenas “acidentes” secundários, expressões superficiais da doença que está por trás.


Podemos entender que o aparecimento súbito de uma doença é uma “crise” (do grego krinein = decisão) de nossa existência. Uma doença pode ser um divisor de águas para uma vida mais saudável. A doença é um 
“des-equilíbrio” como que pré-programado em nós, devido ao fato de não podermos evitar a mudança. Em nossa sociedade de mudanças frenéticas o problema da rápida adaptação e flexibilidade do ser humano gera uma grande variedade de problemas de saúde. Mas devemos lembrar: o “equilíbrio instável” e a “quebra de simetria” (Ilya Prigogine) das nossas condições psico-fisiológicas é uma necessidade de nossa evolução.

Acesse a mente

É preciso buscar uma compreensão mais plena do “des-equilíbrio” (doença) que está por trás dos sintomas superficiais. A raiz do “des-equilíbrio” deve ser buscada na consciência, não em outra coisa. É preciso lembrar: temos de ter muito cuidado na escolha de nossos sentimentos e pensamentos, e também de nosso ambiente. Precisamos de muito cuidado para que eles não se tornem tóxicos.

“Mantenha o que te traz paz, despeça o que te traz sofrimento. A felicidade (e a saúde) estão apenas a um pensamento de distância.” – Nathan Panwar

“A mente é tudo. O que pensamos nos tornamos.” -Buddha

Nosso pensamento é um fator importante para o nosso bem-estar. Podemos mudar o nosso mundo interior e exterior com ele. Mas como aprender a ser mais “pensativo”? O pensamento pode ser o maior inimigo, mas também o maior benfeitor de nossa vida. Em tudo nossos pensamentos controlam onde queremos ir e não ir. Permitiremos que eles participem na criação do caos ou da harmonia? Depende de nós.

É preciso aprender a pensar, a pensar cuidadosamente. Ninguém nos ensinou isso. Nenhum professor, nenhum pai, nenhum amigo… O professor disto só pode ser o meu próprio eu interior. Não há nenhum professor exterior que nos diga como pensar corretamente. Nenhuma religião, nenhum livro, nenhum treinador, nenhum sacerdote.

Podemos dizer que a vida é quem nos ensina a pensar. Se nos tornamos sensíveis o bastante, podemos sentir interiormente se nossos pensamentos estão indo na direção errada. Somos capazes de sentir que pensamentos negativos baixam nossa energia. É possível até sentir as frequências de pensamentos. Podemos facilmente sentir quando estamos obsessivamente engaiolados por nossos pensamentos.

Podemos usar pensamentos como “palavras” interiores, deixá-los nos puxar profundamente para dentro de nossa consciência e experimentar os níveis mais altos de liberdade que o ser humano pode alcançar. Isto é o que a verdadeira meditação significa. E a verdadeira meditação ensina UMA coisa particularmente importante: não acredite em tudo o que você pensa! Você não é seus pensamentos – assim como você não é o seu corpo!

Fazendo Amizade com nossos Pensamentos

Os pensamentos podem ser os maiores mentirosos, literalmente criando “des-equilíbrio” todos os dias. O perigo dos pensamentos é o fato de estarem tão perto de nós. Eles se impõem constantemente, e fazem isso em microssegundos. Quantos pensamentos os seres humanos pensam todos os dias? Em média 40.000 a 50.000. Contudo, a maioria é lixo porque ainda não aprendemos a guiá-los… Não acredite em todos eles! A meditação desperta em nós um elemento essencial de nossa consciência. Podemos chamá-lo de “testemunha silenciosa” (em sânscrito, “sakshi”). A testemunha silenciosa é aquela que participa de nossos pensamentos e sentimentos e orienta-nos para corrigir o comportamento mental e emocional.

Por trás do ruidoso falatório dos pensamentos esconde-se nossa liberdade. Liberdade de alinhar pensamento positivo com sentimento positivo, nos aproximando da paz conosco mesmos. Somos responsáveis por nossos pensamentos! Com cada pensamento podemos influenciar nosso mundo interior e também nosso ambiente: nosso parceiro, família, amigos – tudo e todos, próximos e distantes. Pelo pensamento se irradia guerra ou paz, doença ou saúde; em todo lugar. Com nossos pensamentos escolhemos o nosso destino…

Desde que adquirimos um cérebro cortical e neo-cortical, podemos mergulhar além do nível de pensamento em nosso silêncio interior natural, através da meditação. Como resultado dela, podemos experimentar nossos pensamentos e sentimentos com mais consciência. Isto é o que Buda chamou de “mind-fulness” /atenção plena (“sati”). Ser consciente do “circo” mental, das “sutilezas e armadilhas” dos pensamentos, faz com que percebamos a grande diferença entre pensar e ser.
Reprogramando nosso Pensamento com Óleos Essenciais

O que tudo isso tem a ver com óleos essenciais? Os aromas também podem nos trazer ao mais profundo de nosso ser interior! Os aromas têm um acesso direto ao sistema límbico. É onde muitos “pré-pensamentos” estão sendo gerados. Isso significa que antes de um pensamento ser criado no nível do neo-córtex, ele é como que “pré-condicionado” pelo sistema cerebral mais velho. Como sabemos, o pensar é um importante elemento no “jogo” de ser humano. Portanto devemos buscar, por todos os meios naturais possíveis, acessar esse cérebro primitivo que o tempo todo influencia nossos pensamentos e sentimentos.

Experiências olfativas (“olfato-terapia” /aromaterapia) com os óleos essenciais têm mostrado que podemos re-programar nosso pensamentos e sentimentos, natural e espontaneamente. O olfato é o primeiro e o mais velho dos cinco sentidos. Cheirar é a mais antiga “língua” no Reino da vida. Estou convencido de que todos os fumantes de cigarro que estejam fortemente viciados podem livrar-se do seu vício através de um meio simples e criativo. Usando vários óleos essenciais (talvez escondidos em uma pequena bolsa ou no outro bolso da jaqueta, ao lado de seus cigarros…). Sempre que ele quiser pegar um cigarro, agarra um óleo de jasmim, ou um óleo de rosa, lavanda, néroli… e mantém a inalação de sua fragrância durante 2 a 3 minutos… O vício é um tipo de des-equilíbrio. O que precisamos é uma outra abordagem. É necessário introduzir um elemento que ajude a transformar, para além do nível de superfície, nossa condição humana.

Fragrâncias TÊM isso. Elas podem nos levar a lugares muito profundos.
No nível de superfície, somos praticamente condicionados. Em um nível mais profundo, somos “nós mesmos” – todos uma única, irrepetível e livre expressão da Vida em suas infinitas cores e beleza.

Cheirar com plena consciência uma fragrância pura da Natureza, através de um óleo essencial, nos traz ao mais profundo de nossa natureza. O pensamento maduro precisa de verticalidade. A “auto-fofoca” unilateral (horizontal) precisa de alinhamento vertical, através de um “diálogo” com nosso ser mais íntimo. É incrível, mas fragrâncias do coração da Natureza, tais como encontramos nos óleos essenciais, podem gerar esse “diálogo” em nós, essa profundidade em nós. E isto também pode nos ajudar na libertação da escravidão da “matrix”, do condicionamento ambiental a que estamos expostos 24 horas por dia. Os óleos essenciais, e especificamente a experiência olfativa com eles, muitas vezes concede exatamente a energia que precisamos para nos libertar de emoções e pensamentos negativos.

“Os óleos essenciais são geradores de frequência. Servem como blocos de energia fotônica, energizando o cérebro e o corpo inteiro com numerosas moléculas ricas em elétrons. Nossa pesquisa mostrou que cada óleo essencial contém uma certa frequência bioelétrica que quando inalado viaja para os neurônios secundários no bulbo olfatório, que envia impulsos para o sistema límbico e o centro sensorial olfativo na base do cérebro. Eles então passam entre a pituitária e a glândula pineal e movem-se para a amígdala, que é o centro de memória por medo e trauma.”– Centro de Medicina Alternativa (Center for Alternative Medicine).
Para concluir

Os óleos essenciais podem, espontaneamente, reprogramar o cérebro. A reação luta/fuga própria à amígdala (no sistema límbico) é deixada de lado. Dor e medo são re-interpretados. Momentos de facilidade reaparecem, mesmo durante o “des-equilíbrio” de uma determinada situação.
A aromaterapia é uma bela maneira de nos ajudar em nossa constante necessidade de re-programar a nós mesmos, re-programar nossa mente. Encontrar nossa liberdade mais íntima para encontrar a vocação única e irrepetível que está inscrita em cada ser humano, pela graça da inteligência do Universo.

Para deixá-los com este texto lindo e inspirador…


“A beleza de algo invisível preenche o meu corpo e faz-me feliz por estar vivo. Foi assim que minha primeira rosa veio até mim pelo perfume. Não vi sua forma, pois outra coisa tinha sido despertada – um desejo que iria encher o meu coração.

Você sabia que as essências das plantas são parecidas com os toques suaves das asas de um anjo? Cabe a você virar-se ou não para ver sua beleza.

Eu guardo muitas fragrâncias – do cravo, da mirra, do incenso, da flor de laranjeira, da rosa – e tantas outras. Estes são meus amigos, e vão ajudar-te, se você abrir seu coração para elas.

Rezo para que nunca me esqueça, até que a saudade em meu coração finalmente me traga face a face com o mais Alto…

O alívio das dores deste mundo vem de um mundo além. Vem como um aroma, nos ventos da alma.”

– David La Chapelle, Navigating the Tides of Change, p. 163-65.

Autor: Dr. Malte Hozzel, fundador da Oshadhi aromaterapia.
Tradução e adaptação: Yuri Oberlaender.
https://www.oshadhi.com.br/evolucao-atraves-da-crise-saude-mente-e-oleos-essenciais/

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