Há um momento em que questionamos muito a vida e seus diversos aspectos. Mas o entendimento só ocorre por experiências, através do vivido. Então vamos a elas:
Nada dura para sempre - nem a maior alegria, nem a maior tristeza. Tudo tem seu tempo, nós é que não conseguimos aceitar.
"Não se pode rejeitar a
tristeza, assim como não se pode rejeitar a sombra. "A grande beleza de uma
paisagem vem do contraste entre a luz e a sombra". Um conceito não existe sem o outro.
Mas há aspectos da vida aos quais nos apegamos, por costume, afeição, segurança, constância nos relacionamentos e nas atividades cotidianas. E há sempre o medo, do novo, inusitado, do vir a ser.
Ocorre que a vida é um fluxo contínuo e mesmo que ela nos pareça acomodada e pacata, eis que o turbilhão da dança de Shiva**, troca tudo de lugar. E muitas vezes as pessoas se sentem inseguras, desamparadas, ofendidas, magoadas.
E o que a Acupuntura tem a ver com este tema? A acupuntura conecta, faz a ligação, uma ponte, assim como a Yoga, entre o que está dentro e o que está fora, o que se vê e o que não se vê, o que se sente em demasia ou em total despreendimento e alienação.
Esta ligação é necessária para que o Homem e o Universo estejam em harmonia, mesmo que anteriormente tenha-se experimentado um tormento, um episódio de dor, separação ou rompimento.
Desligar-se faz parte da vida - ao nascer nos desligamos da placenta e cordão umbilical.
Nossos primeiros dentes tem de sair para que os definitivos se instalem, devemos deixar o quintal de nossas casas para habitar a escola ao longo de muitos anos onde faremos amigos, aprenderemos sobre todas as coisas e fases da vida. Se o pintinho não romper a casca do ovo, não haverá vida.
Às vezes mudamos de país, de parceiros, de roupagens - como uma profissão, uma crença ou hábitos.
O novo traz insegurança sim, mas através dele é que aprendemos e sorvemos o sentido da vida. A magnitude das lições a que todos somos submetidos, nos faz capazes, nos faz maiores, humildes e dispostos a se conectar com o Divino e com o Supremo. Mesmo que no momento, a situação não pareça que é assim.
O exercício do novo é como o ato de respirar : expirar o antigo, o velho, e inspirar o novo, para reenergizar, reestruturar, dar passagem para o mundo acontecer dentro e fora, aqui e agora!
"Bora desapegar!"
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