sábado, 25 de fevereiro de 2012

Para não enlouquecer : parar

Outro dia estava pensando.... porque não queremos parar? E quando podemos (numa sessão de Acupuntura, Massagem) porque falamos tanto?
Claro que na primeira vez é por puro nervoso - medo da agulha, do desconhecido, de se sentir descoberto, de ficar pensando tudo sobre o seu próprio corpo. Se for mulher, vasculha bem todos os defeitos e vai fazendo a lista . E por aí vai.
Depois da 2a., 3a. sessão, porque não nos entregamos ainda?
Se é dito que neste momento fazemos a conexão do homem com o Divino, do Meridiano com o Cosmo, através da agulha, porque não respiramos simplesmente?
São muitos os porquês. Até para meditar pensamos, pensamos, falamos mentalmente.
As terapias alternativas e não tão "alternativas" assim, tem a proposta de fazer a conexão, religar, recriar uma relação, esquecida ou ainda não conhecida.
Cabe a nós, termos este tempo, este momento de entrega. Não ficar com medo. Ficar no vazio, mesmo que por poucos segundos, poucos minutos.
Uma vez entrei em meditação, no metrô, no meio de tantos medos, pensei: nada acontece que não esteja programado para acontecer. Vou só respirar, aquietar o coração. E consegui!!! Foram segundos, eu sei. Não dormi, não morri e nem fui interpelada. Agora tento fazer isto no Savassana, no banho e quando faço Acupuntura. Sei que é um recurso que posso levar para sempre: quando tenho medo do dentista, dos exames com contraste, quando uma situação vai me tirar do  sério. É muito bom ter este controle ou mecanismo. Duas coisas, o silêncio, a respiração e por fim a União.
E sentir-se parte do Universo, não tem palavras para descrever a sensação.
Deveríamos então criar um Dicionário: igual aos livros do Manoel de Barros - um super dicionário, de sensações novas e indescritíveis.
Tente, e depois nos conte.

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